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NOTÍCIAS

03/04/23

Revestimentos: grandes formatos pedem grandes cuidados

Que os revestimentos em grandes formatos estão em alta, você já sabe. Algumas marcas chama de lastra. Podem chegar a 1,60 x 3,20m – o que já cobre mais de 5 m2 de área, ou mais. E podem aumentar, dada a rapidez da tecnologia. Podem ser aplicados em pisos ou paredes, inclusive fachadas. A principal vantagem é reduzir ou até eliminar os rejuntes (só essa informação já dava outra matéria), dependendo da marca, do acabamento (como os retificados – que nada mais é do que peças cortadas, ainda nas fábricas, para acerto de tamanhos), da área em relação à do revestimento e do e do ambiente (interno/externo, área seca/úmida/molhada, fachadas, piscinas, pátios, etc.)

Essa escolha pede alguns cuidados e informações extras antes de se apaixonar por um deles e se arrepender depois. E é sobre isso que vamos falar hoje.

- A produção é mais complicada: massa diferente, maquinário especial, gastos extras com escolha na fábrica, com embalagem, logística, estocagem, etc., o que torna o processo todo mais difícil, e, por si só, seu valor mais alto; -  Lembre-se que é um material mais delicado que, se não souber manipular, pode quebrar antes mesmo de desembalar – na loja, no transporte, na estocagem na obra, no manuseio, na colocação, etc.

- Se, além de grandes formatos, têm espessura menor – os chamados slim, que trazem menor carga/peso na obra e podem, inclusive, ser aplicados sobre revestimentos existentes -  os cuidados são redobrados, do transporte à colocação;

- Atente-se aos tamanhos! Peças maiores não cabem em elevadores e podem pedir logística mais especifica, como içamento e outros: isso pode mexer com o deslocamento e com o trânsito, por exemplo. Em casas, pode precisar de mão de obra extra para deslocamento das peças. Em reformas, fique atento aos tamanhos das esquadrias existentes e/ou ambientes por onde as peças tem que entrar na obra;

 - Na obra, as peças devem ser retiradas das caixas com o auxílio de suportes e ventosas, e com os cantos protegidos. Pode ser necessário o uso de EPI para a postura corporal para o transporte de carga e local adequado para armazenamento;

- Para armazenamento na obra, é preciso que sejam transportadas na vertical por, pelo menos, duas pessoas. E apoiá-las em calços de madeira espaçados, de acordo com o tamanho das peças, ou em cavaletes fabricados para essa finalidade, além de seguir as orientações do fabricante. Também é necessário manter o material protegido, embalado e em local e posição que ajude no manuseio durante a retirada para colocação;

- O assentamento do material requer conhecimento e mão de obra especializada! Ou seja: atualizada com o manuseio, corte com material adequado, colocação com argamassa específica, dupla colagem (ponto importantíssimo para garantir e aderência!), etc., além de rejuntamento especial e limpeza pós colocação do material. Dependendo do material e local de colocação, pode pedir o uso de ventosas para facilitar o manuseio das peças;

- A colocação pede argamassas e rejuntes especiais. Verifique o manual que acompanha o produto e/ou peça, por escrito, na hora da compra e/ou recebimento do material e já providencie a escolha e compra. Independente do que o colocar diga, a melhor orientação é buscar o catálogo  - e as garantias- do fabricante de argamassa para identificar a melhor para cada porcelanato e local de assentamento;

 - Para receber o revestimento, é preciso atentar para o preparo correto do contrapiso ou parede, que deve estar seco, rugoso e limpo. É importante que o contrapiso tenha a inclinação mínima correta, condição que poderá comprometer o trabalho final.

Achou complicado? Não se você escolher a construtora certa, estiver assessorado/a por um bom engenheiro de obras, contratar um colocador à altura do material, além de seguir as recomendações do fabricante (tanto do revestimento quanto da argamassa e rejuntes) sobre logística, armazenamento, colocação. Como diz o antigo ditado, “melhor prevenir que remediar”...

Joyce Diehl, arquiteta, para a Embraconi.  

Imagem de referência: https://blog.archtrends.com/