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NOTÍCIAS

12/03/23

Abra a sua mente para a construção verde!

Se você ainda faz cara feia para as tais construções verdes, saiba que esse conceito vai muito além do que a teoria e o marketing e pode, com certeza, impactar não só no custo total de sua obra, mas da própria manutenção dela. E isso começa desde a escolha do terreno, passando por todos os projetos (arquitetônico e os chamados complementares - estrutural, hidro sanitário, incêndio, elétrico, automação, etc.).

Desses, a grande novidade é a automação – que você já deve ter lido como “casa inteligente”. Muita gente associa esse conceito com comodidades -  dispositivos conectados à internet, desde geladeiras e smart TVs até sistemas inteligentes de iluminação e climatização, além de aspiração, abertura/fechamento de cortinas, etc.). Mas tem sido usado para minimizar custos de manutenção e de gastos com energia, por exemplo.

A preocupação com o consumo de energia está na pauta dos clientes porque impacta diretamente no custo  não só do uso, mas de implantação também). Não é de hoje que a procura por sistemas autossuficientes em geração de energia está na lista de quem quer construir, porque impactam mais no bolso. Principalmente os ligados a energia gasta em refrigeração  - que bem poderiam ser amenizados com boas escolhas desde o projeto arquitetônico (como posicionamento em relação ao sol, ventilação cruzada, a boa escolha de materiais de construção, de revestimentos, de acabamentos, de cores externas e internas, o uso de terraço vivo/telhado verde, entre outros) e aquecimento (água quente).  

Já os sistemas de economia de água, por impactar menos o bolso, nem sempre são priorizados apesar de serem bem mais fáceis de se implantar. Como o uso de louças e metais sanitários com sistemas economizadores, o reaproveitamento de águas pluviais (excelente para irrigação do jardim) e até das chamadas águas servidas, como da máquina de lavar roupas, para limpeza de pátios e outros.

Mas o uso de materiais danosos ao meio ambiente são preocupações ainda pouco frequentes em projetos. E afetam o círculo da sustentabilidade desde a escolha da matéria-prima para a produção de cada material até o processo final de descarte de resíduos (desde a obra até a casa habitada). A prática de boas escolhas pode (deve) ir bem além da otimização dos processos, redução de custos da construção e na manutenção da obra – e da tão procurada estética. Podem significar durabilidade, baixa manutenção, segurança e, por fim, saúde e bem estar – para você e para os que vêm por ai – e sem ferir a tão sonhada beleza.

E isso é só o começo. Como se vê, o assunto sustentabilidade é longo, amplo, e vai bem além de “separar o lixo, preservar árvores e ter um jardim”. Talvez a verdadeira “casa inteligente” seja essa, pautada no futuro – nosso, dos “nossos” e do mundo ao redor.

Joyce Diehl, arquiteta, para a Embraconi.

Imagem via Ugreen |Avocado Acres, Califórnia, inspirada nas ‘Case Study Houses’, o programa que revolucionou a arquitetura pós-guerra.