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NOTÍCIAS

04/12/23

Sistemas Construtivos parte II - Drywall

Continuando nossas matérias sobre novas formas de construção, hoje vamos falar da chamada “Construção a seco” – o drywall.

O drywall pode ser definido como um sistema de construção a seco composto por perfis, tratamento acústico (lã mineral) e placas de gesso, inventadas em 1916 nos Estados Unidos, Consiste em sistema composto de placas de gesso, que podem receber outras camadas internas de poliestireno, madeira ou outro material – que são estruturadas com perfis de aço galvanizado. Por isso muita gente chama de "gesso acartinado". Esse tipo de estrutura é customizável e sai da fábrica com as medidas certas para a sua obra – o que quer dizer rapidez - e limpeza - na montagem. Como características, são muito mais leves, mais baratas (levando em consideração a otimização da obra) e mais rápidas do que as construções de alvenaria, por isso sua popularização em alguns setores de construção. 

Na arquitetura, por exemplo, o sistema pode ser utilizado como um recurso de design para criar paredes (além de nichos, elementos vazados e outros detalhes) e tetos personalizados (nestes facilitando a iluminação). É de rápida instalação e modificação e, por isso, se tornou o queridinho nas reformas e transformações rápidas – como em lojas, estandes de feiras e outros. Porém, em países como os EUA, é possível encontrar casas inteiras feitas com esse material.

Dentre suas vantagens, encontram-se a rapidez de construção, baixa produção de resíduos e conforto térmico –  e até acústico, caso se use materiais específicos para esse tipo de tratamento, como lã de vidro. Entre as desvantagens estão o baixo controle acústico e a impossibilidade de realizar a edificação da parte externa da casa sem que haja uma camada de proteção. Isso ocorre porque o gesso não resiste muito bem à umidade e radiação solar.

Para atender aos demais usos, existem tratamentos específicos.

Paredes externas, por exemplo.  Diferente do que muitas pessoas acreditam, as paredes externas recebem placas cimentícias ao invés de gesso acartonado. A placa cimentícia se caracteriza por ser um produto homogêneo e durável, de grande resistência e impermeabilidade. Além disso, as placas externas cimentícias não sofrem grandes alterações na temperatura e nem são facilmente contaminadas por fungos, bactérias ou insetos, o que garante ainda mais durabilidade e vida útil.

Já para paredes de áreas molhadas – banheiros e outros -  é indicado usar chapas de gesso resistentes à umidade, chamadas de “chapa verde”, feitas com aditivo hidrofugantes.

E pode ser aproveitado na criação de soluções com isolamento acústico suficiente para atender desde dormitórios até salas de cinemas e teatros. O resultado vai depender do material escolhido para o preenchimento da cavidade e outros detalhes específicos que permitem a construção de elementos de altíssimo desempenho acústico. O material responde, inclusive, às exigências de ambientes muito específicos, como estúdios de gravação e salas de audição, atendendo aos requisitos de isolamento acústico e absorção sonora.

Atende, ainda a exigências como Parede Blindada, Parede Corta - Fogo, entre outros. Em comum a todos os sistemas, do mais simples ao mais complexo, a escolha de um bom fornecedor – de preferência que já tenha equipe de montagem treinada -  além de a boa compatibilização de projetos, já que as instalações de base – elétrica, hidráulicas, sonorização, automação, segurança, cabeamentos diversos, entre outros - devem estar corretas e feitas antes durante o processo.

Resumindo: é um sistema que facilita muito a obra, mas requer um gerenciamento de projetos bem pensado e bem planejado no canteiro de obra.

Embraconi. Engenharia com excelência desde 2010.

Joyce Diehl, arquiteta, para a Embraconi